terça-feira, 19 de janeiro de 2010

Momento de raiva interior...





Forte? Forte a merda, sou um ponto nulo é o que sou.. Odeio-me por tudo, o que fui e o que sou!! ODEIO_ME
Frustrada por não gostar de mim e andar sempre a mostrar a pessoa o que não sou..
Mascara atrás de mascara.. Que se foda tudo. Estou farta!!
Esta revolta que escondo, faz-me ser tão fria e arrogante, que só me apetece desaparecer..
Quantas vezes ando pelas ruas com vontade de me sentar num canto e chorar ate que as forças me falhem.. é verdade sinto-me horrível, não gosto de mim e não deixo que ninguém gosto..
Tudo não passa de ficção e eu vou enquadrando e sobrepondo imagens de cada dia.. ate um final..
MERDAAAAAAAAAAAAAAA!!

1 comentário:

Anónimo disse...

ao kontrario do k possas pensar es uma mulher linda em todos os aspectos ker exteriormente e interiormente, n tens que te sentir assim, o que foste e és faz parte de ti, da pessoa que es hoje... nao sei ao k te referres kd mostras o que não es, quando te conheci demorou um pouco a mostrares o que eras e lamento ate hoje isso mas pronto... agora nao te quero ver triste e em baixo, se tu mesma como sempre foste, com esse sorriso lindo com essa simplicidade... beijo

Sou eu, eu mesmo, tal qual resultei de tudo,
Espécie de acessório ou sobressalente próprio,
Arredores irregulares da minha emoção sincera,
Sou eu aqui em mim, sou eu.
Quanto fui, quanto não fui, tudo isso sou.
Quanto quis, quanto não quis, tudo isso me forma.
Quanto amei ou deixei de amar é a mesma saudade em mim.
E, ao mesmo tempo, a impressão, um pouco inconseqüente,
Como de um sonho formado sobre realidades mistas,
De me ter deixado, a mim, num banco de carro elétrico,
Para ser encontrado pelo acaso de quem se lhe ir sentar em cima.
E, ao mesmo tempo, a impressão, um pouco longínqua,
Como de um sonho que se quer lembrar na penumbra a que se acorda,
De haver melhor em mim do que eu.
Sim, ao mesmo tempo, a impressão, um pouco dolorosa,
Como de um acordar sem sonhos para um dia de muitos credores,
De haver falhado tudo como tropeçar no capacho,
De haver embrulhado tudo como a mala sem as escovas,
De haver substituído qualquer coisa a mim algures na vida.
Baste! É a impressão um tanto ou quanto metafísica,
Como o sol pela última vez sobre a janela da casa a abandonar,
De que mais vale ser criança que querer compreender o mundo —
A impressão de pão com manteiga e brinquedos
De um grande sossego sem Jardins de Prosérpina,
De uma boa-vontade para com a vida encostada de testa à janela,
Num ver chover com som lá fora
E não as lágrimas mortas de custar a engolir.
Baste, sim baste! Sou eu mesmo, o trocado,
O emissário sem carta nem credenciais,
O palhaço sem riso, o bobo com o grande fato de outro,
A quem tinem as campainhas da cabeça
Como chocalhos pequenos de uma servidão em cima.
Sou eu mesmo, a charada sincopada
Que ninguém da roda decifra nos serões de província.
Sou eu mesmo, que remédio! ...

Álvaro de Campos